Sabemos muito bem que realizar a descarbonização de uma empresa ainda é uma demanda relativamente nova. Muito provavelmente, se você teve de realizá-la, isso ocorreu por conta de exigências de algum cliente ou por iniciativa de sua própria empresa. Esse segundo motivo, infelizmente, ainda é algo difícil de se observar, mas o cenário tem mudado e, cada vez mais, as empresas estão percebendo a necessidade de se adequar ambientalmente: o compromisso com a sustentabilidade é fundamental para a construção de um futuro ambientalmente adequado e tem ganhado a atenção de consumidores e investidores.
Aqui, apresentamos um breve esclarecimento a respeito do processo de descarbonização e como ele deve ser operado em diferentes tipos de empresas ou empreendimentos.
Descarbonização é o processo de melhoria contínua, que visa a redução em termos globais das emissões de gases efeito estufa (conhecidos pela sigla “GEE”) de um processo produtivo, do ciclo de vida de um produto ou de algum empreendimento pontual, como, por exemplo, um evento.
É importante ter em mente que o processo de descarbonização acontece de maneira cíclica, em que se parte da quantificação de emissões para a elaboração de um Plano de Neutralização de Emissões e sua subsequente implementação. A implementação do Plano de Neutralização de Emissões, por sua vez, ocorre a partir da redução de emissões e compensação do que não foi possível reduzir. Após a conclusão do ciclo, que geralmente é de um ano, uma nova quantificação deve ser realizada e novas metas devem ser estabelecidas.
Abaixo, apresentamos uma figura esquemática do processo de descarbonização.
A quantificação das emissões é a etapa inicial de qualquer processo de descarbonização e nela, a dúvida mais comum é saber o que e como quantificar. Essa é uma questão importantíssima e, independentemente do tipo e tamanho da empresa, é sempre importante estar assistido por um profissional qualificado.
Mas, calma! Para que você possa ter alguma noção, lhe apresentaremos rapidamente as duas principais ferramentas de quantificação de emissões. São elas:
Ambos os instrumentos consistem na contabilização das emissões relativas a cada etapa de um processo produtivo. O que muda entre eles é o objeto que irá delimitar nosso estudo. No caso do Inventário de Emissões GEE, o objeto de inventário é um determinado processo ou a operação de uma planta industrial. Um objeto de inventário seria, por exemplo, a operação de uma planta industrial ou de um escritório administrativo. Já no caso da Pegada de Carbono de produto (também conhecida pela sigla em inglês “CFP” – Carbon Footprint of Product), como o próprio nome aponta, tem por objeto o cilo de vida de um produto. A Pegada de Carbono é mais adequada, por exemplo, a uma empresa em que a produção é realizada por terceiros. Desse modo, se faz o levantamento das emissões desde a matéria-prima até o descarte final do produto
Uma vez realizada a quantificação das emissões, é a hora de estabelecer um Plano de Neutralização das Emissões. É importantíssimo que o Plano de Neutralização contenha os seguintes pontos:
O Plano de Neutralização é um documento que deve ser elaborado por um profissional qualificado e deve ser revisado ao fim de cada ciclo ou toda vez que houver alguma mudança no processo produtivo.
Após a elaboração do Plano de Neutralização de Emissões, deve ser dado início as medidas previstas nele tanto para a redução de emissões, como também de compensação daquilo que não puder ser reduzido.
Trataremos dessas etapas em mais detalhe em nosso Blog. Caso queira ficar inteirado sobre notícias relativas à economia de baixo carbono, se inscreva em nossa Newsletter.
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